Artigo: “Onde não há atividades culturais, a violência vira espetáculo”

Fazer cultura é desafiador, mas é um desafio que pode mudar vidas! Quantos talentos saíram das escolas, da periferia e conseguiram vencer graças ao talento?

Mas as vezes me pergunto: e se nas escolas não houvessem as famosas bandinhas de fanfarra? E se na aula de arte não fossem trabalhados os dons?

Aliás, “dom” nasce com poucos, mas para muitos o treino e a dedicação podem fazer com que o talento seja descoberto. E eu digo que esse é um “Dom” conquistado por pessoas que não desistiram afinal, como sempre digo, se for desistir desista de ser fraco.

Também as vezes me pego pensando que em outros lugares existem os artistas de metrô e nós não temos metrô, por isso precisamos nos reinventar, ir para as ruas, praças, terminais de ônibus…

Estou lutando muito para fazer cultura! Cultura que transforma vidas, cultura que muda cotidianos, cultura que representa pensamentos diferentes.

Minha luta é voltada para democratização cultural, por isso gosto tanto dessa frase que abre o artigo: “Onde não há atividades culturais a violência se transforma em espetáculo”. Somos responsáveis por recuperar vidas e um dos caminhos é a arte, outro é o esporte.

Meu sonho é fazer de Campo Grande uma cidade de leitores, meu sonho é fazer de Campo Grande uma cidade de construtores de boas histórias, mas meu sonho maior é transformar nossa cidade em um polo cultural, que pulse a atmosfera da arte em todos os cantos, pois não adianta só fazer arte na área central, nos altos da Afonso Pena. Precisamos chegar nas pessoas, nas comunidades e é assim que eu penso na arte.

Luto por orçamento que valorize os editais, o fomento da cultura. Estou na política como representante da arte e não vou deixar de cobrar. Todos os meus dias são voltados para recuperar nosso patrimônio histórico e cultural, luto para que o dinheiro público seja investido em gente de talento e gente que busca descobrir seu talento, e luto pelo acredito e acredito na arte como ferramenta de transformação social.

Estamos retomando o Centro de Belas Artes, com obras em andamento após 9 anos, vamos em busca da recuperação da Estação Ferroviária do Indubrasil e queremos que a Casa da Memória Arnaldo Estevão de Figueiredo seja entregue para os artistas. Essa é minha luta e quero todos comigo nesse desafio.

Sou um Guerreiro e tenho fé, sou Ronilço Guerreiro de fé e estou lutando, não vou desistir.